MANIFESTO (em obras)
Humanos, trabalhadores e cabeças pensantes em geral: o momento é de movimentar-se.
Nos vemos perdidos num sistema decadente que promove cada vez mais a alienação e a segregação humanas: o que é privado engole o que é público e o individual se sobrepõe ao coletivo, castrando, em função do interesse de uma minoria, o potencial criativo de uma sociedade cada vez menos ativa.
Encontremo-nos, portanto, a fim de reverter essa direção, nos poucos espaços coletivos de vivência que ainda nos restam, constantemente ameaçados pelo crescente autoritarismo.
Por um local de liberdade criativa que necessita agora mais do que nunca de ser alimentado por todos aqueles que, com suas idéias em prática, possam ampliá-lo e estendê-lo para fora de si mesmo. E para isso, que seja ele parte de nosso interesse comum e fruto de nosso trabalho coletivo.
Descobrir. Integrar. Ocupar. Transformar com aquilo que nos falta onde mais deveria se fazer presente: a Cultura: S.f. 1. Ato, efeito ou modo de cultivar. 2. V. Cultivo. 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutos valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilação. 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilação, progresso. 5. Apuro, esmero, elegância. 6. Criação de certos animais, em particular os microscópicos. (Aurélio). Que em todos os sentidos ela seja o nosso tema e o nosso lema: CULTURA como forma de OCUPAÇÃO. Ocupemos com ela nossas cabeças, nossas mãos, nosso tempo e os espaços que são NOSSOS!
Um espaço público e, portanto, aberto para qualquer grupo ou indivíduo, venha ele de onde vier, para que traga suas idéias, sua produção, seu trabalho. Que sejam peças de teatro, filmes, música, poesia, desenhos, oficinas, exposições, debates, palestras, etc., que fluam pelo espaço e construam um dialogo entre cada um que possui esse poder de transformação com a transformação desejada pelo coletivo.
Realizemos esse papel. Que a cultura possa não somente ocupar o lado de dentro, mas que transborde para fora das paredes desse grande castelo intelectual e que também venha de fora para dentro enquanto lutamos para abrir os portões.
Essa que se mostra hoje como a melhor solução para a crise desse sistema que continua a distanciar mais e mais as classes da nossa sociedade e marcha rumo à Guerra. O repensemos de pressa, antecipemos a Revolução Cultural que tanto precisamos para nos unificar em nome do bem comum, de um bem estar que possamos dividir entre todos.
Se soa como utopia é porque parece muito distante, mas temos agora o presente e vamos abocanhá-lo e lutar por ele como cães, aqueles que protegem seu território a unhas e dentes. A matilha esta sendo formada e deve se ampliar, para construir um Canil diferente, onde esses cães estejam porque gostam e porque querem mostrar que quando cuidamos por nós mesmos, e não abandomos nas mãos de qualquer órgão do governo ou privado, a vida pode ser um espaço muito mais interessante para a sociedade.
O Canil está aqui e ali em toda parte. Ele não é alguma coisa, mas pode estar em todas as coisas. A Carta Branca Ao Submarino Vermelho é um uivo_ritual.
sábado, 26 de julho de 2008
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